domingo, 19 de junho de 2016

Rótulos Socias: Liberte-se!



Fonte: Google


Olá garotas!

Tudo bem? Essa semana foi a semana das discussões... Eu disse discussões, e não brigas. Conversas saudáveis, entre pessoas que nem sempre tem a mesma opinião que a sua. Pode parecer difícil acreditar, mas ás vezes estão todos certos, ou todos errados. Ouvi de um professor um a vez, que cada um guarda um pedaço da verdade, e quanto mais opiniões diferentes você conhece, mais você sabe. Mas conhecer coisas diferentes não é assim tão fácil. A sociedade vive criando rótulos, e uma vez enquadrada em um deles, você está limitada a não fazer nada que se oponha a ele.
Desde que comecei o blog, me senti enquadrada no rótulo “blogueira cacheada”, e isso acaba por me limitar muito. Levei um tempo para perceber que eu não preciso odiar alisamentos só porque defendo os cabelos cacheados. Eu estou aqui para mostrar uma nova possibilidade, mas não tem que ser a única alternativa. Se um dia eu quiser usar o meu cabelo liso, espero me sentir à vontade para isso.
Outro rótulo que tem se tornado bem polêmico ultimamente é o das “feministas”. Novamente eu me enquadro nele. Mas não é porque eu me considero “feminista” que eu sou obrigada a concordar com todas que se enquadram nesse rótulo. Assim como não preciso discordar de todas que não se enquadram nele. Conheço muitas mulheres que lutam pelos direitos de todas nós sem alardes, e que por não concordarem com o feminismo extremista se dizem “não feministas”. Assim como dentro das “feministas” conheço vários grupos que defendem o feminismo de formas diferentes. Apesar da luta do feminismo para unir as mulheres na defesa dos seus direitos, sinto que os rótulos de “feminista”, e “não feminista” acabaram nos dividindo ainda mais. Isso porque rotular as pessoas acaba as limitando e isso acaba por fazer a luta perder o sentido.
E o pior é que a sociedade não para por aí. Quem nunca foi numa festa de família e teve que responder várias vezes a pergunta: “Já está namorando?”, ou “Quando vai se casar?”. O rótulo “relacionamento sério” gera um desconforto absurdo. Algumas pessoas chegam a se sentir obrigadas a encontrar alguém para se encaixar nesse rótulo. É como se não fosse possível ser feliz sozinho. A necessidade de encontrar alguém para ser feliz acaba criando relacionamentos doentios. Leva a um ciclo vicioso. Se eu conheço alguém preciso namorar, porque não posso ser feliz sem isso, e se namoramos precisamos nos casar, porque ninguém pode se contentar apenas com o namoro. E quando me caso, e acho que já é o suficiente, eu preciso ter filhos, porque tenho que me encaixar no rótulo de “família feliz”. Mas... Será que essa família é realmente feliz? Será que eu não sou capaz de ser feliz sem isso? Precisamos entender que nem todo mundo se encaixa nesses padrões. Um relacionamento pode ser sério e não se encaixar em nenhum desses rótulos “namoro”, “noivado”, “casamento”. O rótulo limita. E felicidade não é algo que pode ser limitado.

Eu posso ser cacheada, feminista e solteira, e ainda assim posso concordar com pessoas que pensam diferente de mim. Isso se chama tolerância. Vivemos a era da luta da liberdade, mas enquanto rotularmos a liberdade nunca a alcançaremos. Liberdade não pode ter limite.

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