Fonte: Google
Olá garotas!
Tudo bem? Essa semana foi a
semana das discussões... Eu disse discussões, e não brigas. Conversas
saudáveis, entre pessoas que nem sempre tem a mesma opinião que a sua. Pode
parecer difícil acreditar, mas ás vezes estão todos certos, ou todos errados.
Ouvi de um professor um a vez, que cada um guarda um pedaço da verdade, e
quanto mais opiniões diferentes você conhece, mais você sabe. Mas conhecer
coisas diferentes não é assim tão fácil. A sociedade vive criando rótulos, e
uma vez enquadrada em um deles, você está limitada a não fazer nada que se
oponha a ele.
Desde que comecei o blog, me
senti enquadrada no rótulo “blogueira cacheada”, e isso acaba por me limitar
muito. Levei um tempo para perceber que eu não preciso odiar alisamentos só
porque defendo os cabelos cacheados. Eu estou aqui para mostrar uma nova possibilidade,
mas não tem que ser a única alternativa. Se um dia eu quiser usar o meu cabelo
liso, espero me sentir à vontade para isso.
Outro rótulo que tem se tornado
bem polêmico ultimamente é o das “feministas”. Novamente eu me enquadro nele.
Mas não é porque eu me considero “feminista” que eu sou obrigada a concordar com
todas que se enquadram nesse rótulo. Assim como não preciso discordar de todas
que não se enquadram nele. Conheço muitas mulheres que lutam pelos direitos de
todas nós sem alardes, e que por não concordarem com o feminismo extremista se
dizem “não feministas”. Assim como dentro das “feministas” conheço vários
grupos que defendem o feminismo de formas diferentes. Apesar da luta do
feminismo para unir as mulheres na defesa dos seus direitos, sinto que os
rótulos de “feminista”, e “não feminista” acabaram nos dividindo ainda mais.
Isso porque rotular as pessoas acaba as limitando e isso acaba por fazer a luta
perder o sentido.
E o pior é que a sociedade não
para por aí. Quem nunca foi numa festa de família e teve que responder várias
vezes a pergunta: “Já está namorando?”, ou “Quando vai se casar?”. O rótulo
“relacionamento sério” gera um desconforto absurdo. Algumas pessoas chegam a se
sentir obrigadas a encontrar alguém para se encaixar nesse rótulo. É como se
não fosse possível ser feliz sozinho. A necessidade de encontrar alguém para
ser feliz acaba criando relacionamentos doentios. Leva a um ciclo vicioso. Se
eu conheço alguém preciso namorar, porque não posso ser feliz sem isso, e se namoramos
precisamos nos casar, porque ninguém pode se contentar apenas com o namoro. E
quando me caso, e acho que já é o suficiente, eu preciso ter filhos, porque
tenho que me encaixar no rótulo de “família feliz”. Mas... Será que essa
família é realmente feliz? Será que eu não sou capaz de ser feliz sem isso? Precisamos
entender que nem todo mundo se encaixa nesses padrões. Um relacionamento pode
ser sério e não se encaixar em nenhum desses rótulos “namoro”, “noivado”,
“casamento”. O rótulo limita. E felicidade não é algo que pode ser limitado.
Eu posso ser cacheada, feminista
e solteira, e ainda assim posso concordar com pessoas que pensam diferente de
mim. Isso se chama tolerância. Vivemos a era da luta da liberdade, mas enquanto
rotularmos a liberdade nunca a alcançaremos. Liberdade não pode ter limite.
Adorei o jeito que você abordou esse assunto.
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